Biblioteca do Conjunto das Químicas Wiki
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Apresentação

Por um distinto usuário da Biblioteca

"Conheci a biblioteca em 1966, quando do meu ingresso no curso de Química da então Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP. Não possuía ainda um prédio próprio, ocupando parte do Bloco VI do atual IQUSP. Na ocasião era sua diretora a sra. Fernanda I. Piochi, que contava com Raquel G. Stenlini como sua auxiliar mais próxima. Desde aquela época até hoje os consultantes tinham acesso direto e irrestrito ao acervo, das 8 às 22 horas, fato que, ao longo dos anos (e já são mais de 48!) me proporcionou um razoável conhecimento da extensão deste acervo. Uma característica dessa época, e que se estendeu por mais três décadas aproximadamente, era a frequência com que docentes e estudantes encontravam seus colegas durante as visitas à Biblioteca, ou seja, além de suas funções específicas, tinha ainda uma função adicional de socialização tanto para os estudantes como para professores. Essa característica praticamente desapareceu com a universalização da consulta 'on-line', aliada ao fato da Biblioteca estar hoje instalada em prédio próprio que fica um pouco mais longe do que o Bloco VI do IQUSP.

Em 1970/1971 assistimos a dois fatos históricos na USP: a criação dos cursos básicos e a institucionalização da pós-graduação. Tanto a criação do IQUSP, como da pós-graduação no âmbito da USP, se devem aos gigantescos esforços do Prof. Paschoal Senise, ao qual a USP com certeza tem uma enorme dívida de gratidão.

Em 1971 entrei no curso de pós-graduação do recém-criado IQUSP, e passei então a depender mais ainda do uso do acervo de livros e periódicos da Biblioteca. Passei também a ter um contato mais direto com Fernanda I. Piochi e Raquel G. Sturlini, muitas vezes para ter acesso a material bibliográfico indisponível no país, via  British Lending? Library... via Correios, pois a informática ainda demoraria muito a ser implantada para a transmissão online de publicações.

Ao final dos anos 1970 e começo dos 1980 estava mais do que evidente que as acanhadas instalações da Biblioteca no B6 eram totalmente inadequadas para seu funcionamento e inevitável expansão. Finalmente em meados dos anos 80 com um aporte substancial de recursos foi possível a construção de um prédio próprio, com instalações adequadas, conjugada com uma grande expansão do acervo. Nesse contexto a Biblioteca do Conjunto das Químicas da USP, passou a acumular a função de Biblioteca Principal de Química no país, sendo considerada então a mais importante da América Latina. Mais ou menos nessa ocasião, e a convite do então diretor do IQUSP, Prof. Walter Colli, passei a presidir a Comissão de Biblioteca, e já passaram aproximadamente 26 anos... e ao longo desse período a Biblioteca continuou a se expandir tanto em termos de acervo como de serviços aos usuários. O aumento significativo e continuado do acervo deve muito ao programa FAP Livros da FAPESP que já se encontra na sua 6ª versão e que tem sido essencial para a aquisição de textos avançados para a pesquisa e pós-graduação. Logo ficou claro que a Biblioteca necessitava de nova expansão, que foi materializada com a construção de um novo prédio, integrado ao primeiro, em 2004.

Tanto como presidente da Comissão de Biblioteca, como na qualidade de Diretor do IQUSP (1998-2002) passei a ter um contato muito mais estreito com a sua diretoria (Raquel G. Sturlini, Élyde M. Campos, e mais recentemente Ângelo A. A. C. da Cruz) e funcionárias, das quais sempre admirei a competência e dedicação. Durante todo esse período tenho escutado por parte de vários colegas ponderações no sentido de que em plena era da informática os enormes investimentos na Biblioteca perdem a sua razão de ser. Nada poderia ser mais equivocado, pois a existência da Biblioteca como um acervo físico continua se constituindo num bem cultural, que vai muito além da mera fonte de informações, como é o caso daquelas acessíveis via a busca de dados acessadas 'on-line', e para que isso continue a ser assim é da maior importância que estudantes e docentes voltem a frequentá-la como aconteceu ao longo de muitas décadas. Afinal a Biblioteca não é apenas depósito de livros e periódicos... é também o ponto de encontro de pessoas a procura de informações e dispostas a trocar ideias e opiniões sobre os mais variados assuntos, ou seja, de pessoas que querem se sentir dentro de uma Universidade."

Prof. Dr. Paulo Sérgio Santos 

Histórico

A DIVISÃO DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO DO CONJUNTO DAS QUÍMICAS da Universidade de São Paulo (DBDCQ) foi criada em 1965 integrando os acervos bibliográficos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas e do Instituto de Química. Reúne obras das áreas de farmácia, química e ciências correlatas, constituindo-se em uma das mais completas Bibliotecas especializadas do Brasil e da América Latina.

O acervo da Divisão de Biblioteca e Documentação do Conjunto das Químicas teve seu início na biblioteca da antiga Escola de Pharmacia, Odontologia e Obstetrícia (1902). Em 1934, com a fundação da Universidade de São Paulo, a antiga escola foi anexada a esta, com o nome de Faculdade de Farmácia e Odontologia. Com o desmembramento em Faculdade de Farmácia e Bioquímica e Faculdade de Odontologia em 1962, parte do antigo acervo originou a Biblioteca da Faculdade de Farmácia e Bioquímica que esteve instalada até 1965 à Rua Três Rios.

Em 1965-66, a Faculdade de Farmácia e Bioquímica, setores da química e afins de outras faculdades passaram a ocupar na Cidade Universitária um conjunto de pavilhões denominado, pelos arquitetos responsáveis, Conjunto das Químicas.

Em virtude dessa transferência e tendo em vista a importância de fornecer atividades de interesse comum, a Biblioteca, nas novas instalações, passou a ser Biblioteca do Conjunto das Químicas, que no início reuniu os acervos da Faculdade de Farmácia e Bioquímica e do Departamento da Química da então Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, sob administração unificada.

Com a implantação da Reforma Universitária, em 1970, e a consequente criação dos Institutos básicos, incorporaram-se à Biblioteca os acervos dos antigos departamentos e cadeiras de Química e Bioquímica da Escola Politécnica, Faculdade de Medicina Veterinária, Faculdade de Odontologia que juntamente com os congêneres das citadas Faculdades de Farmácia e Bioquímica e Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, constituíram o Instituto de Química.

A primeira dessas duas unidades, com a nova denominação de Faculdade de Ciências Farmacêuticas e Instituto de Química, a partir dessa época, passou a gerir a Biblioteca, sempre sob a administração unificada.

A partir de 1985, o então Serviço de Biblioteca e Documentação do Conjunto das Químicas, tornou-se Biblioteca Principal de Química e Engenharia Química no País, após aprovação de projeto junto ao CNPq/PADCT.

Após reforma administrativa, ocorrida em junho de 1992, o Serviço de Biblioteca e Documentação do Conjunto das Químicas reformulou seu organograma, unindo serviços e criando seções que, de fato, já se encontravam em pleno funcionamento, passando a ser denominado Divisão de Biblioteca e Documentação do Conjunto das Químicas.

A Divisão de Biblioteca e Documentação do Conjunto das Químicas esteve instalada até setembro de 1991 no Bloco 6 do Conjunto das Químicas, quando passou a ocupar prédio único. Em 24/11/2009, foi inaugurado oficialmente o prédio anexo da Biblioteca. Com esta ampliação, a Biblioteca passou a ocupar uma área total de 3.473m2. No mesmo ano, foi inaugurada a Sala do Café.

Em 03/08/2012, foi criada a Sala Multimídia, com capacidade para 64 pessoas e recursos de videoconferência, proporcionado à comunidade acadêmica um espaço para reuniões, palestras, aulas, cursos e outros eventos.

Os desafios da Biblioteca para os próximos anos estão direcionados à interação com sua comunidade, bem como na adaptação de seu ambiente às necessidades destes e incorporando ações culturais que possam lhes agregar conhecimento. Tem-se, também, a preocupação de acompanhar o desenvolvimento tecnológico dos formatos bibliográficos, que surgem como tendência no desenvolvimento de coleções.

Estrutura da Biblioteca

Acervo

O acervo da Biblioteca do Conjunto das Químicas possui 184.715 títulos tombados, distribuídos da seguinte forma:

Livros

41.799

Teses

5.774

Periódicos (Títulos)

2.934

Periódicos (Fascículos)

133.862

Multimeios

317

Outros

29

Fonte: Relatório Anual da Biblioteca do Conjunto das Químicas.

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